No ano passado fui tirar umas fotos em “Baguaçu” (Embu-Guaçu, para os não tão íntimos). Enquanto fotografava em uma esquina, passaram por mim uma garota, de mais ou menos 20 anos, e um garoto de uns sete ou oito anos. Não sei o que conversavam mas o garoto terminou uma frase com a palavra “sexo”. A garota reagiu, constrangida:
- Você disse o quê?
- Sexo, repetiu o garoto.
- O que é isso? - perguntou ela sem graça...
Não ouvi a resposta pois já desceram outra rua. Mas o constrangimento da garota era visível.
Cada vez mais nossas crianças estão expostas ao “sexo”. Seja pela citação em programas de TV, cenas mais quentes em novelas em horários não tão próprios ou mesmo em letras apelativas de músicas de gosto duvidoso. Essa exposição excessiva acabou trazendo esse assunto à realidade das crianças muito antes do tempo em que deveria ser tratado. E, a julgar pelo mundo que nós vivemos, onde até alguns pais acham “engraçadinho” crianças fazendo posições ou dizendo palavras que remetam de alguma forma ao “sexo” – o que não deixa de ser também um estimulante ao assunto – vamos ver cenas como essa cada vez mais cedo.
Portanto, VOCÊ que é ou que quer ser pai/mãe, trate de ir começando a pensar em como tratar o assunto quando chegar a hora. Até mesmo para que possa passar o bastão para seus filhos.
A julgar pelo girar do nosso mundo, algum dia (que não será daqui a uma década ou cem anos, mas em ALGUM DIA), ao nascer, logo no primeiro “bilu-bilu”, o neném não vai se fazer de rogado e perguntará:
- O que é sexo?
Aí, se vira que o filho é seu...
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