sábado, 20 de dezembro de 2014

Campos do Jordão


No último domingo, 14/12, estivemos pela primeira vez em Campos do Jordão, cidade turística localizada na Serra da Mantiqueira paulista. Fui em uma excursão promovida pelo Portal do Ônibus Turismo, em que estiveram cerca de 40 pessoas. O ônibus da viagem era um Marcopolo Paradiso G6, chassi MBB O500RSD, ano 2009, da Viação Garcia. O veículo era na versão “DD” (Double Deck) e era muito confortável. E, desta vez, dormi praticamente durante toda a viagem.

O ônibus da viagem
Chegamos à Campos do Jordão por volta das 6h20min. Logo que chegamos à entrada da cidade, onde ficamos por cerca de 40min. Esse tempo de parada foi em respeito a uma lei municipal que reza que todo ônibus de excursão só pode transitar pela cidade acompanhado por um guia cadastrado. Quem quis, desceu e aproveitou o tempo tirando fotos na entrada da cidade – um verdadeiro “esquenta” para o que estava por vir.

A excursão estava assim dividida: de manhã, com a guia, iríamos visitar pontos turísticos e de interesse da cidade; a tarde, estaríamos livres para andar pela região central.

A região do Santo Antônio

Logo uniu-se ao grupo a sra. Marina, a guia que nos acompanhou por quase todo o passeio. Sua presença acrescentou muito à excursão. Mostrou-nos pontos importantes da cidade e completou com um pouco da história de Campos. Sem ela poderíamos ter visitado os mesmos locais, mas não teríamos o importante contexto histórico que nos foi apresentado.

Por volta das 7h00 que deixamos a entrada da cidade, vemos nas encostas dos morros as casas da região do Santo Antônio. As casas dessa região surgiram clandestinamente. Com o passar do tempo, a Prefeitura acabou oficializando aquelas moradias. Mas mais ninguém pode se instalar naquela área. A simplicidade das residências é a marca dessa região.

Palácio Boa Vista (ou "Palácio do Governo"): foto entre as grades porque visita mesmo só às 10h da manhã.

Boa Vista – A nossa primeira parada foi no Palácio da Boa Vista. No trajeto, da entrada da cidade até o Palácio vimos poucas pessoas nas ruas. A maioria ainda dormia.

O Palácio fica em um dos pontos mais altos de Campos do Jordão. A temperatura que encontramos na região dá uma idéia do frio do inverno. Este escriba, até por não ter levado uma blusa, teve de aguentar a friaca... E, pra completar o cenário, muita neblina no entorno da região onde fica o palácio.

A entrada do Palácio Boa Vista: a esquerda, a guarita da vigilância; a direita, um quiosque que vende lembranças, mas que ainda estava fechado.

O Palácio Boa Vista era para ser somente a residência de inverno do Governador do Estado. Por isso também é conhecido como “Palácio do Governo”. No entanto, acabou virando um Museu que abriga muitas obras de arte. Para quem quiser visita-lo, o horário de funcionamento é das 10h às 12h e das 14h às 18h de quarta a domingo. O Palácio abre também em feriados.

A vista: só neblina...


Como o horário de abertura do Palácio ainda estava longe, tivemos de nos contentar em observá-lo do lado de fora do portão de entrada. Aproveitamos e fizemos a foto da visita com todos os participantes. Um cachorrinho gostou do grupo e quase virou mascote. Depois, ainda fotografamos as belezas naturais da região.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A primeira visita à Barnabés...

Em outubro de 2010, estive pela primeira vez em Juquitiba, município que fica a cerca de 80km da cidade de São Paulo. Peguei a linha intermunicipal 030TRO Itapecerica da Serra/Valo Velho - Juquitiba/Branabés e, depois de quase duas horas de viagem cheguei ao ponto inicial da linha, no distrito de Barnabés.

A rua de entrada do Distrito de Barnabés


Barnabés é um distrito localizado ao sul de Juquitiba, a poucos quilômetros da divisa com Miracatu. Nessa época, estavam começando as obras de duplicação da Rodovia Regis Bittencourt (BR-116) no trecho da Serra do Cafezal. Logo, muita lama e trechos interditados.

De linha de ônibus, além da 030 - que é a mais regular -, só passavam (poucas) linhas de lotação municipais e uma linha suburbana, a 4790-01 Juquitiba/Centro-Miracatu/Cafezal. Essa linha atende quem mora ou trabalha no começo da Serra do Cafezal - até o Restaurante do Japonês, mais especificamente. Mas possui um intervalo horroroso: duas horas entre um carro e outro... Bom, na verdade, é entre o mesmo carro, já que a linha tem um ônibus só.

Ao fundo, o restaurante onde almocei; em primeiro plano, o posto de gasolina, parada obrigatória para muitos caminhoneiros.


Após tirar algumas fotos, fui almoçar em um restaurante que fica logo na entrada do bairro, junto a um posto de gasolina. O bufê era simples e não muito sortido. Mas era de boa comida. Na TV, apesar do horário, desenhos animados. O sinal local da Globo para a Grande São Paulo não chegava até lá. Só enfatizava o clima de interiorrrr do local. Já o posto não era muito diferente. Uma boa parte dos clientes era formado por caminhoneiros. E muitos deles paravam ao lado para almoçar no restaurante.

O poder público marca sua presença. Mas é pouco perante as necessidades do bairro.


Depois, fiz mais algumas fotos do bairro. A rua de entrada do bairro era a Rua Antonio Soares Godinho. Ela era pavimentada em paralelepípedo, bem no estilo de bairros mais antigos. O comércio era local e havia muitos poucos locais representativos do poder público. Pelo menos ali, vi somente um posto de atendimento ao cidadão e nada mais. Muito pouco, perto das necessidades do distrito.



A sensação de "esquecimento" sentida pela população foi resumida em uma mensagem escrita em uma mureta de concreto das obras de duplicação, que fotografei em uma nova visita três meses depois desta: "Barnabés sem justiça. Barnabés abandonado, Políticos, nós temos memória."