terça-feira, 15 de junho de 2010

A torcida a caminho do Hexa

Hoje foi dia da estréia brasileira na Copa do Mundo da África do Sul. O jogo, contra a Coréia do Norte, foi às 15h30. A sociedade, de um modo geral, preparou um esquema especial para que todos pudessem acompanhar os comandados de Dunga rumo ao título do Mundial de Futebol. Bancos, lojas, escritórios... Todos abriram e fecharam em horários diferenciados.

Deixei o serviço às 14h20min e vi uma agitação enorme pela cidade. Congestionamentos-monstro por todas as ruas. Buzinaços, gritos, "vuvuzelaços" e toda a sorte de demonstrações de um (falso) patriotismo - que não considero verdadeiro por só aparecer a cada Copa do Mundo, que, pra mim, nada tem a ver com pátria.

Exageros a parte, gosto deste clima, que toma conta das cidades nestes anos de Copa. Futebol faz parte da nossa cultura e, com ele, vêm um clima de união e positivismo. Só acho que devemos relativizar a importância do evento.

Depois de ficar mais de 40min esperando o ônibus que me levaria pra casa, pego uma outra linha que vai até o metrô São Judas. No caminho, um enorrrrme congestionamento na subida da Av. Indianópolis - isso depois de ter visto um outro enorme na Av. Moreira Guimarães. O motorista, de tamanho inversamente proporcional ao tamanho do veículo que conduzia, pra escapar do congestionamento, deixa a avenida e pega uma via paralela.

E deu certo. Apesar das valetas e dos barbeiros que apareceram pelo caminho, ele chegou rapidinho ao Metrô São Judas. Já eram 15h20 quando desci na estação. Procurei um camelô pra comprar um pacote de bolacha... Em vão... Até ele tinha ido embora. Olhei para a Avenida Jabaquara: sentido centro, nem uma mosca; sentido bairro, um congestionamento sem tamanho... Todos que, como eu, chegariam atrasados em casa para assistir à partida.

Peguei o metrô e desci uma estação depois, a Conceição... Embora próximo a São Judas, lá a situação era mais tranquila. Uma enorme fila no ponto final de uma linha. Várias barracas de lanches fechadas. No ponto das linhas de passagem, poucas pessoas. A Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, com um trânsito mais livre.

E logo chegou o ônibus que me levaria pra casa. Adentro-o e vejo o motorista com o rádio ligado na transmissão do jogo, contrariando o aviso no painel superior... Mas, nesse caso, damos um desconto... Dez minutos de viagem e logo chego no bairro onde moro. Passo na padaria pra comprar o lanchinho... Dois televisores ligados e muita carne e chop rolando. Um fuzuê só...

Mais um tempinho, chego em casa, ligo a TV e assisto à partida. Dois gols... Gritos, fogos, mais "vuvuzelaços" pela vizinhança... Muita alegria. Final: 2 a 1 e muita expectativa para as próximas partidas...