A saída da Serra do Cafezal é um trecho recém duplicado. Por
ser mais largo, o trânsito fluiu melhor e a viagem começou a ficar mais rápida.
Parecia que iríamos chegar ao Terminal Rodoviário do Tietê logo, mas com um
pequeno atraso. No entanto, para quem chegou às 21h00 na última viagem, chegar
por volta das 20h00 já estaria no lucro. Mas a alegria durou pouco.
Chegamos ao km 327 da Rodovia Regis Bittencourt. E lá, de
novo, o trânsito empacou de novo. Não sabíamos, mas era um congestionamento
enorme. Estava chovendo e isso ajudava o tráfego a ficar mais lento... No
começo o pessoal não se importou muito. A maioria dos passageiros cochilava no
veículo. Ônibus novo, com motor que não fazia muito barulho e bancos
confortáveis e bom espaçamento. Muito bom para descanso.
Início do congestionamento, que prosseguiria por mais 23km... |
O tempo foi passando e, a medida que começavam a despertar, a
demora começou a deixar as pessoas inquietas. Algumas ligavam para os parentes
informando que o ônibus iria atrasar... Aquela senhora que citamos algumas
vezes passava o tempo jogando paciência no notebook. Era uma alternância de
aplausos e um “cué, cué, cué” nas jogadas erradas. Chegava a ser engraçado...
Enquanto isso, eu ficava tentando conectar a internet para saber o que ocorria... Mas, quando conseguia conexão, não
achava informação alguma. Comentei no twitter de uma rádio mas a resposta veio
de um blogueiro, que informou que o trânsito estava lento na rodovia por conta
de obras.
Um passageira de uma poltrona ao lado, inquieta, queria
saber em que lugar estávamos. Eu expliquei que estávamos em Juquitiba mas, a
julgar pelo trânsito, levaríamos mais duas horas até o Tietê. Infelizmente
levou bem mais tempo. Levamos quase três horas apenas para chegar ao final do
congestionamento, na altura do km 306 da Rodovia Régis Bittencourt. Vi cada uma
das placas que marcam a quilometragem...
Quilômetro após quilômetro, no meio da noite e em um vai-e-vem de chuva
e garoa... O congestionamento foi causado por uma obra de troca de pavimento que
estava ocorrendo naquele trecho. E, enquanto essa troca não for terminada, a
volta para quem vem do Vale do Ribeira vai ser um teste de paciência.
Chegando ao km 306, o trânsito começou a andar... Lembrou o
momento em que tiramos o tampão do ralo de uma pia quando esta está cheia d'água. O trânsito "escoou" estrada a frente e o ônibus seguiu
viagem até o seu destino. Como a empresa segue via Rodoanel, não perdemos mais
tempo. Nosso amigo policial desceu na Rodovia mesmo, antes do ônibus chegar ao
Rodoanel. Os demais passageiros seguiram para a Rodoviária.
Por voltas das 22h50 chegamos, finalmente, ao Terminal
Rodoviário do Tietê. Graças ao congestionamento, a viagem durou quase exaustantes dez
horas. Mas, apesar de tudo, fechou um final de semana que, nas estradas, é
sempre inesquecível.
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