Ontem foi a noite de lançamento do livro “Nunca fui Santo”,
a biografia oficial do Marcos, ex-goleiro do Palmeiras e da Seleção Brasileira,
escrita por Mauro Beting. E nessa noite pudemos testemunhar o que é a devoção a
um ídolo.
Cheguei por volta das 19h30min à livraria Saraiva do
Shopping Eldorado, em Pinheiros/SP. Minha intenção era comprar o livro e entrar
na fila para pegar um autógrafo do Marcos e do Mauro. Mas só ficou na intenção.
A fila era enorme. Aliás, as filas. Não consegui ver onde começava uma fila e
terminava outra. Só vi que em frente à loja não tinha como entrar, tamanha a
quantidade de pessoas. A maioria (esmagadora) era de palmeirenses, devidamente
trajados. Mas havia também são paulinos, santistas e corintianos, todos
admiradores da lenda do gol palmeirense.
A grande quantidade de pessoas fez com que a direção da
livraria fechasse as portas da loja. Logo uma fila foi organizada. Se bem que
eu ainda não conseguia ver a lógica dela. De todo o modo, os torcedores e fãs, pacientemente,
aguardavam o encontro com o ídolo.
Nesse meio tempo, os torcedores cantaram o Hino do
Palmeiras, xingaram membros da atual diretoria do clube, que também apareceram
no evento, xingaram jornalistas que formavam fila na porta da livraria,
protestaram pedindo que os jogos do clube voltassem a ser mandados no Pacaembu –
enquanto a nova Arena Palestra não fica pronta, o clube vêm mandando seus jogos
em Barueri – e protestaram contra a Rede Globo, que diminuiu o número de
transmissões dos jogos do clube no Campeonato Brasileiro deste ano.
Além da diretoria palmeirense, também apareceram por lá o
candidato a prefeito de São Paulo José Serra – palmeirense assumido – e o
ex-diretor do São Paulo Marco Aurélio Cunha. Além deles, também apareceram o
ex-goleiro Sérgio – que deu muitos autógrafos no corredor de acesso à livraria –
e o Joelmir Beting, palmeirense verde e pai do Mauro, o escriba da biografia. Aliás,
o Joelmir também não conseguiu entrar na Saraiva, mas que tirou muitas fotos
com torcedores.
A noite de autógrafos só foi terminar por volta das três da
manhã. Ao todo, estima-se que passaram pelo Shopping cerca de sete mil pessoas,
público muito maior do que muito jogo de campeonato. A despeito da falta de
organização na fila de entrada, foi um evento que fez jus à São Marcos. São
jogadores como ele que ainda dão graça ao futebol. E são jogadores como ele que
merecem a alcunha de verdadeiros ídolos.
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