domingo, 6 de setembro de 2015

Um dia da Vila Mariana: Sozinhos em Meio a Milhões...

Terminal do Metrô Vila Mariana
Todos os dias pego ônibus para o serviço no terminal do Metrô Vila Mariana... Meu destino é  bairro do Ipiranga e, para minha sorte, tem várias com destino àquele local. E todas elas descem a Av. Lins de Vasconcelos, que é o destino da maioria da galera que pega o ônibus ali... Aliás, é impressionante o tanto de gente que desce para a Lins... De três em três minutos um ônibus parte cheio dali. 

Dia desses, eu aguardava um ônibus. Houve um intervalo longo entre as linhas que por ali passam. E o ponto foi enchendo... enchendo....  e enchendo... Logo, o ônibus chegou e, como sempre ocorre, um "bolo" de gente se amontoou na porta dianteira querendo entrar - e quase empurrando quem desce para dentro. O veículo acabou ficando por quase cinco minutos parado, tantos eram os passageiros que subiam. Eu, que poderia pegar aquele ônibus, preferi aguardar o próximo, que estava chegando, conforme mostrava o aplicativo no celular de consulta de linhas.

Quando o tal ônibus estava partindo, uma garota saiu correndo atrás dele. O curioso é que ela estava no ponto há muito tempo e teve tempo de sobra para embarcar. Ela foi correndo ao lado do ônibus, sem perceber que outro da mesma linha já vinha chegando. Muita gente ficou assustada, pensando no perigo daquela atitude. Se a menina tropeça, poderia ser atropelada pelo eixo traseiro do ônibus. Algumas senhoras de mais idade gritaram para que ela não fizesse isso.

O veículo seguiu viagem e a moça, aparentemente desorientada, voltou, ficou no ponto e não pegou o outro ônibus da mesma linha que vinha atrás... Eu, ao contrário embarquei... Mas fiquei pensando no que poderia tê-la levado a ter aquela atitude... Perguntas que ficaram sem resposta...

Em cidades pequenas, um acontecimento semelhante a esse ecoaria e seria motivo de comentários por muitas pessoas... E provavelmente alguém iria até à moça e dar-lhe-ia uma mão solidária... Já em cidades maiores, como São Paulo, em meio a sisudez e a indiferença, histórias como essa devem ocorrer aos montes por aí... Mas todos os personagens pelos vários problemas que existem em uma cidade deste tamanho. No final, todos ficam sozinhos em meio a milhões...

sábado, 20 de dezembro de 2014

Campos do Jordão


No último domingo, 14/12, estivemos pela primeira vez em Campos do Jordão, cidade turística localizada na Serra da Mantiqueira paulista. Fui em uma excursão promovida pelo Portal do Ônibus Turismo, em que estiveram cerca de 40 pessoas. O ônibus da viagem era um Marcopolo Paradiso G6, chassi MBB O500RSD, ano 2009, da Viação Garcia. O veículo era na versão “DD” (Double Deck) e era muito confortável. E, desta vez, dormi praticamente durante toda a viagem.

O ônibus da viagem
Chegamos à Campos do Jordão por volta das 6h20min. Logo que chegamos à entrada da cidade, onde ficamos por cerca de 40min. Esse tempo de parada foi em respeito a uma lei municipal que reza que todo ônibus de excursão só pode transitar pela cidade acompanhado por um guia cadastrado. Quem quis, desceu e aproveitou o tempo tirando fotos na entrada da cidade – um verdadeiro “esquenta” para o que estava por vir.

A excursão estava assim dividida: de manhã, com a guia, iríamos visitar pontos turísticos e de interesse da cidade; a tarde, estaríamos livres para andar pela região central.

A região do Santo Antônio

Logo uniu-se ao grupo a sra. Marina, a guia que nos acompanhou por quase todo o passeio. Sua presença acrescentou muito à excursão. Mostrou-nos pontos importantes da cidade e completou com um pouco da história de Campos. Sem ela poderíamos ter visitado os mesmos locais, mas não teríamos o importante contexto histórico que nos foi apresentado.

Por volta das 7h00 que deixamos a entrada da cidade, vemos nas encostas dos morros as casas da região do Santo Antônio. As casas dessa região surgiram clandestinamente. Com o passar do tempo, a Prefeitura acabou oficializando aquelas moradias. Mas mais ninguém pode se instalar naquela área. A simplicidade das residências é a marca dessa região.

Palácio Boa Vista (ou "Palácio do Governo"): foto entre as grades porque visita mesmo só às 10h da manhã.

Boa Vista – A nossa primeira parada foi no Palácio da Boa Vista. No trajeto, da entrada da cidade até o Palácio vimos poucas pessoas nas ruas. A maioria ainda dormia.

O Palácio fica em um dos pontos mais altos de Campos do Jordão. A temperatura que encontramos na região dá uma idéia do frio do inverno. Este escriba, até por não ter levado uma blusa, teve de aguentar a friaca... E, pra completar o cenário, muita neblina no entorno da região onde fica o palácio.

A entrada do Palácio Boa Vista: a esquerda, a guarita da vigilância; a direita, um quiosque que vende lembranças, mas que ainda estava fechado.

O Palácio Boa Vista era para ser somente a residência de inverno do Governador do Estado. Por isso também é conhecido como “Palácio do Governo”. No entanto, acabou virando um Museu que abriga muitas obras de arte. Para quem quiser visita-lo, o horário de funcionamento é das 10h às 12h e das 14h às 18h de quarta a domingo. O Palácio abre também em feriados.

A vista: só neblina...


Como o horário de abertura do Palácio ainda estava longe, tivemos de nos contentar em observá-lo do lado de fora do portão de entrada. Aproveitamos e fizemos a foto da visita com todos os participantes. Um cachorrinho gostou do grupo e quase virou mascote. Depois, ainda fotografamos as belezas naturais da região.